Friday, July 13, 2007

Neurofeedback

Investigação relacionada com o neurofeedback em treino de alta performance

Ondas Alfa

1978

Hardt e Kamiya averiguaram que o aumento da amplitude das ondas Alfa diminui o nível de ansiedade (e, inversamente, que a reduzida amplitude de ondas Alfa está associada à intensificação da ansiedade). Observaram também que o aumento de percentagem das ondas Alfa era acompanhado pelo aumento da criatividade e da eficiência psíquica, particularmente em contextos competitivos.

1978

Em experiências independentes, Watson confirmou o efeito ansiolítico do treino das ondas Alfa. Além disso, verificou a permanência do efeito atingido durante 18 mêses a partir do fim do treino. Observou também progressos duradouros ao nível do funcionamento da memória, da rapidez de processamento da informação, da perceptividade e da capabilidade de tomar decisões.

1984

Hartfield (e mais tarde Crews e Landers) observaram um aumento significativo do nível de ondas Alfa nas regiões temporal e parietal de atiradores, arqueiros e jogadores de golfe, precisamente antes de efectuarem o tiro ou a tacada.

1993

Hardt e Gale descobriram que o aumento da percentagem das ondas Alfa causa um acré significativo da flexibilidade na criação de ideias e imagens, a qual se constitui como a base para a solução de problemas.

1994

Sterman e outros demonstraram que trabalho excessivo causa um enfraquecimento prolongado das ondas Alfa, que é acompanhado pela atenção excessiva ao mundo exterior, por ansiedade e pela inflexibilidade na resolução de problemas.

1994

Sterman e outros observaram que a percentagem de ondas Alfa muda ciclicamente em certas regiões do córtex no momento em que o cérebro é mobilizado em processos cognitivos. Quando termina um determinado fragmento do processamento de informação, regressa-se ao estado de "sincronização de fortalecimento", com a prevalência de ondas Alfa de alcançe 8 - 10Hz. A demora em regresso à sincronização está associada à deterioração do reconhecimento, da memória e da associação de ideias.

2001

Putnam sujeitou um grupo de soldados ao neurofeedback, reforçando ondas Alfa com os olhos abertos. Este treino, apesar de aumentar a amplitude das ondas Alfa, causava o enfraquecimento das ondas Teta. O autor aponta para a sua utilidade profiláctica andes da execução de tarefas sob alta pressão, que exigem atenção redobrada ao ambiente exterior. Este tipo de treino pode prevenir o esgotamento psíquico.

Subfaixa superior de ondas Alfa

1994

Craford e outros descobriram que, nas pessoas com elevado poder de concentração, menor número de erros cometidos e uma mais eficiente tomada de decisões, o aumento de ondas Alfa de alta frequência no hemisféfio esquerdo do cérebro superior aos níveis normais ocorre durante a concentração.

1999

Uma investigação de Neubauer e dos seus colegas sugeriu que, sob a influência de estímulos, ocorre uma menor dessincronização nas ondas Alfa de alta frequênica entre as pessoas mais inteligentes.

2003

Pesquisas de Klimesch mostram que a rede neural responsável pela memória semántica é activada sincronicamente na parte superior da banda Alfa (c. 12Hz).

Ondas SMR

1967

Sterman, em experiências com gatos, descobriu ondas rítmicas na banda 12-15Hz (ondas SMR) na região do vertex cerebral, durante estados de espera imóvel e de alerta ao estímulo. Em experiências seguintes, animais foram recompensados pela geração destas ondas e aprenderam a produzi-las "a pedido". Foi também descoberto por acaso que os gatos treinoados desta maneira eram muito mais imunes a substâncias convulsivas.

1971

Sterman descobriou ondas SMR em humanos. Os treinos para reforçar essas ondas aliviavam sintomas de epilepsia. Investigação posterior sugere que este tipo de treino aumenta a capacidade dos organismos para manter a homeostase.

2003

Vernon e outros fizeram experiências para treinar o aumento de ondas SMR. O aumento na sua amplitude foi acompanhado pela redução dos níveis das ondas Teta e por componentes de Beta de frequências mais altas. Os treinos melhoraram significamente os resultados em testes de memória operacional e, até certo ponto, de atenção.

Ondas Teta

1974

Beatty e outros observaram que actividades monótonas estão associadas ao aumento dos níveis de ondas Teta. O treino para diminuir estes níveis reduzia a quantidade de erros cometidos por operadores de radar.

1993

O'Hanlon e Kelly descobriram que a produção de ondas Teta e o número de erros cometidos por motoristas de caminhões de longa distância estavam positivamente correlacionados.

1996

Rasey e os seus colegas descobriram que os estudantes obtinham resultados muito melhores nos testes visuais e auditivos graças à realização de treinos que reduzem a percentagem de ondas Teta e aumentam os níveis de ondas SMR.

Synchronism of Alpha waves

1958

Garroute e Aird observaram que, em 75% das posições simétricas de EEG para ambos os hemisférios do cérebro, as ondas Alfa e Beta caracterizam-se por alto nível de sincronização (os atrasos de ondas para ambos os hemisférios não ultrapassavam 5-10 ms). Propuseram a hipótese de existir um estimulador central que comanda o trabalho sincrónico dos hemisférios.

1973

Banquest (e, mais tarde, também Levine e outros) descobriram que a sincronização das ondas Alfa entre os dois hemisféfios é significamente mais elevada em pessoas que se encontram em meditação profunda. Nestas pessoas, foi encontrada uma maior actividade do hemisfério esquerdo durante a execução de trabalhos analíticos, do que entre as pessoas não sujeitas a meditação (grupo de controlo). Em tarefas tri-dimensionais, porém, era maior a actividade do hemisfério direito.

1974

Fehmi determinou que um ciclo de sessões de treino para aumentar a sincronização de ondas Alfa entre muitos pontos do córtex foi eficaz para melhorar significamente o desempenho de funções psíquicas múltiplas: concentração, percepção, autoconsciência, intuição, calma, e satisfação com a vida. Fehmi defende que o nível da sincronização de ondas Alfa no estado de relaxamento é a medida de comunicação entre todas as regiões do cérebro, particularmente entre os seus hemisférios.

2001

Tornton descobriu a relação entre a conexão de ondas Alfa no hemisfério esquerdo e os resultados obtidos em testes de memória auditiva.

Esta sinopse de investigação em neurofeedback foi efectuada com base em:

S.L.Norris, M.Currieri: "Performance Enhancement Training through Neurofeedback" in J.R.Evans, A.Abrabanel: "Introduction to Quantitative EEG and Neurofeedback", Academic Press, 1999.

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  • Links - Fontes de informção adicional sobre o neurofeedback